70 - Que Feio

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  Que Feio, é um canto de protesto.
  Participação do meu pai no baixo. O resto eu gravei.
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Acho que nessa música vale a pena, sobre a parte técnica comentar as dobras de vozes.
Dobras de vozes com aberturas de intervalos são recursos muito utilizados em partes como refrões, ou outras que mereçam certo destaque.

Se você ouvir com atenção qualquer música, irá perceber que em determinados momentos a voz tem um algo a mais, (isso fora os backing vocals óbvios). É uma massa que vem reforçando a linha melódica, mas bem discreta. Essas são as dobras.

Na hora de mixar 6, 8, 10 ou até mais linhas vocais que servem de massa, uso o seguinte procedimento:

1. Abuso dos panorâmicos, abrindo algumas vozes a 100%, outras  a 70 e poucos por cento.
2. Depois endereço todas as vozes para um canal auxiliar. Neste canal geralmente utilizo um equalizador cortando graves e tirando um pouco em torno de 500Hz.
3. Comprimo bastante
4. Crio outros 3 canais auxiliares, penduro uns plugins de reverb, delay e chorus (sal à gosto rss)
5. Envio o canal auxiliar com as vozes para esses canais de efeitos.

Tem uma outra manha que aprendi com o meu amigo e grande engenheiro de áudio Nerval Filho que dá um toque especial.

Enviar o canal com delay para o canal de reverb e colocar um Low Cut nos canais de delay e reverb. Esse procedimento deixa mais clean o trabalho.

Por hoje é isso.

69 - Mega Drive

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Parece aquelas musicas de final de fase no video game. 

Estou num período intenso de produção musical para este projeto.

Entre ontem e hoje gravei mais 4 músicas, falta ainda fazer alguns arranjos e mixar.

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Vou falar um pouco sobre a produção das músicas, comentando detalhes técnicos de gravação e edição que a galera tem me perguntado bastante.

NA Mega Drive fui atrás de uma linha com bastante riff de guitarra, seguindo a bateria, que foi montada utilizando o plugin EZdrummer.

Em resumo gravei um monte de partes desconectadas, depois durante a edição fui juntando as coisas que eu achava bacanas e limando as porcarias.

O solo foi no improviso total. Tem dias que parece que a mão toca sozinha.

Os timbres de guitarra também são virtuais do pacote GTR Solo Tool Rack. A guitarra é a mina  Fender Strato sunburst.

Agora o baixo, esse sim é uma safadeza tremenda. Como eu esqueci de trazer o baixo aqui pra casa, onde estava finalizando esta musica, decidi dar uma apelada.

1. Peguei a linha de guitarra

2. Tirei os plugins de guitarra

3. Usei um pitch shifter como octaver (para descer uma oitava)

4. Inseri o plugin de baixo Studio Devil

5. Gravei tudo em um canal de áudio (pois os plugins estavam pesando muito no processamento)

6. Acrescentei primeiro um compressor, atack em 7ms Ratio 4:1, threshold -27

7. Usei um plugin API 550-A para equalizar.

E fácil assim, risos, arrumei uma linha de baixo.

Sobre as guitarras sem segredo, aliás, o único segredo para ter esse som com massa e bem aberto é a famosa dobra. Grava um track, depois o mais próximo que o músico consegue executar grava outro track. Abre um PAN para a esquerda e outro PAN para a direita, e tchananam. OK?!

Podemos chamar este fenomeno de dobras do Nerval. Se já tem algum outro nome, sinto muito, para mim chamara-se-á Dobra do Nerval e ponto.

Té;

68 - Não Tá Fácil

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Foda, inspiração é algo meio miraculoso mesmo.

Tem épocas em que fico dias sem conseguir compor nada que me deixe com o mínimo de satisfação, mas ai tem dias que do além coisas surgem.

Ontem fiz 4 músicas. Essa é uma delas. 

Comecei ontem a tarde e fui dormir. Acordei as 3 da manhã hoje com vontade de continuar a trabalhar nessa música. Foi bem difícil gravar na madrugada sem incomodar a vizinhança, por isso do chiado na gravação, tive que aumentar o ganho do microfone no talo e o amplificador estava muito baixo.

Além de captar o som do ampli Frontman da Fender, também gravei uma percussão utilizando um copinho de vidro e um isqueiro. No mesmo esquema, mic condenser e ganho no talo.

Gostei muito de fazer o piano nessa música, acho ele simples porém o grande lance de toda a música.

Segue a letra:

Quem espera o que irá acontecer e tanto faz,

Não será capaz de fugir da grande mesmice.

Que espera, nos supera, nos derrota e não surpreende.

Vê se entende, dá-lhe um tapa, ou será tarde de mais.

Parece um grande saco de areia pendurado na garganta.

Me questiono, indignado, sobre o que eu não fiz.

Consolida o errado, vira a cara imaculado, quem é o juiz?

Vem, que não tá fácil pra ninguém.

Vamos nos juntar pelas nossas causas.

Vem, que não tá fácil pra ninguém.

Vamos nos juntar pelas nossas causas, ou morrer calados?

A importância de modificar o estagnado não é só diversão.

A mudança por mais que doa é a grande amiga da satisfação.

André Nicolau

67 - Segredo Sem Espaço

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Brincadeira com o título de uma das músicas da banda Whysky N' Nelsons.

Música gravada com a participação do Renato Machado no saxofone tenor.
Gravada utilizando microfonação com Neumann TLM 102 em um violão de aço Crafter.

66 - 20 de Junho

Falta de criatividade até pra fazer o nome da música.

Essa música eu comecei a fazer em Curitiba. Acabei finalizando hoje pela tarde, após uma satisfatória reunião com o Tiago da ONG Iniciativa Verde, com a qual fechei uma boa parceria.

Como eu não consigo ficar muito tempo no mesmo lugar, acabei, pra variar, enjoando de gravar na sala de costume. Fiz uma nova salinha para trabalhar na Usina. (Foto abaixo)

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65 - Fluoxetina

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UHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU

Aqui é Rock PORRAAA

Por favor, não leia isto... mesmo!

Eu até estava tentando, passei muito tempo tentando, tentando entender por que ao ouvir Bob Dylan meu coração vem até a boca, os pelos arrepiam, uma euforia  surreal surge no meu peito.

Não tem explicação.

Eu achei que eu tinha alguma coisa errada, mas é hora de assumir, não posso mais tentar negar, sinto muito decepcionar tanta gente, tantos musicos talentosos que vão passar a me desprezar.

Mas a resposta para a pergunta, “Por que uma música com 3 acordes como Knocking on Heaves Door” que eu ouço a 15 anos continua me arrepiando, e músicas mais elaboradas que a muralha da China não me comovem nem um pouco é: O ROCK ME TOCA NA ALMA! Desculpa, eu não tenho saco pra tirar as músicas do John Scofield (apesar de considerá-lo um puta músico), não tenho saco de estudar Jazz, não tenho vontade de tirar standarts, não simpatizo com trompetes agudos fritando, eu gosto de berrar no carro ouvindo Oasis seginda-feira de manhã, lacrimejo ao ouvir as músicas de John, Paul, George e Ringo, entro em extase ouvindo Bob Dylan, sinto um impulso grande e fico energizado vendo clips dos Stones. Parei de fingir, de tentar fazer o que não quero.

Senhores politicamente corretos, fodam-se vcs! É cerveja na mesa, cigarro na boca e guitarra na mão! Eu sou assim sempre fui assim desde os 14 anos com  cabelos cumpridos escondendo os fones de ouvido hiper-altos durante as aulas. E quando eu não sou assim , não sou feliz. Quando eu finjo ser normal, não sou feliz. Quero ficar puto em paz, acordar azedo as vezes, acordar cantando direto, dormir ao amanhecer ou dormir as 10 da noite, dependendo do estado de espirito. Estado de espirito eu não sei como alguem faz para ser tão FLAT (homogêneo), eu sou uma curva com picos e vales incessantes é quero continuar sendo.

Mundo do caralho, deixe-me pintar meus quadros toscos, tocar poucos acordes na minha guitarra, cantar desafinado, rir no meio de uma reunião, dançar no enterro do Papa.

Chega de achar que preciso aprender o que meu coração não precisa.

Isso não quer dizer que eu odeie os velhinhos, que vou encher o nariz de pó, ou fazer orgias dia e noite. Isso só quer dizer que a coisa mais importante na minha vida é a música, mais especificamente um tipo de música. Demorei tanto para descobrir isso, por tantas vezes busquei outros caminhos, mas na verdade o nosso espirito vem para esse mundo com algumas vontades próprias e não é certo enganá-lo, ou tentar modificá-lo.

(suspiro de alívio)

Desculpe os erros de português, se eu for reler este texto, é bem provável que não o poste.

Eu ia postar uma  música horrorosa hoje. Mas deixa pra lá. Amanhã tem mais.

Até!

64 - Busca Pela Sonoridade

O mestre faz toda diferença na nossa vida.

Tenho certeza que da mesma forma que aconteceu comigo diversas vezes, pela sua vida também passaram aqueles professores que te causavam raiva, mas também passaram aqueles mestres que te causaram inquietação, vontade de descobrir.

Essa música é sobre isso.

No meio da minha jornada como estudante de música me deparei com uma pessoa que me reavivou o gosto pela guitarra, que me fez permitir a mim mesmo a possibilidade de tentar, de errar, de buscar.

Agradeço muito ao meu amigo e mestre Heraldo Paarmann por ter puxado lá de dentro de mim uma vontade que eu muito traumatizado escondia.

Hoje eu pego na minha guitarra, como se estivesse acolhendo algo que muito me pertence, e sem medo eu me permito tocar o que estiver afim. 

Como o Heraldo mesmo me disse "cara vc já passou uma hora inteira tocando a porra de um Mi Maior?".

Conectando com a música de hoje.

O riff do começo e a harmonia pintaram do nada, aquela coisa de ficar tocando qualquer coisa até a hora em que alguma coisa que não seja qualquer coisa sai. Aí eu tinha uma base bacana então decidi curtir algumas notas. Testar, sem pensar em nada, apenas ouvindo, saboreando cada som que o amplificador expurgava.

Então escolhi essas notas que vc pode ouvir.

Obrigado meu mestre, obrigado aos meus mestres.

ps. Tenho a sorte de ter o Heraldo na minha equipe hoje, como um dos professores da Usina e aconselho a você que ainda não encontrou o seu mestre a ir busca-lo. 

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63 - Letra Escondida

Essa música eu fiz tem uns 4 dias. Ela tinha letra no verso. Mas não tive coragem de postar com a letra. 

Ia acabar indo pro lixo essa música, então como não consegui fazer outra letra, tive a idéia de tirar a letra, gravar um pequeno tema e utilizar assim mesmo.

O começo é bem bunda mole, tente ouvir até o final.

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62 - Querendo Ir

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Dia estranho. Passei a tarde dormindo.
Dai acordei e gravei esse som, alone...

61 - Eu Sabia

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 Oi blog, voltei!

Acho incrível que mesmo depois de 3 semanas sem postar nada, nem dar a mínima satisfação, tem um bando de gente que continua visitando este blog.  Imagino que devam ser as pessoas que me conhecem, e que sabiam que cedo ou tarde eu voltaria. Pois bem, eu voltei.

Passei dias intensos dirigindo alguns eventos para 2 grandes empresas. Aprendi coisas incríveis nesse tempo e conheci pessoas mais incríveis ainda. 

Tive que deixar muita coisa de lado neste tempo e não esta fácil recuperar parte das perdas, como por exemplo colocar em dia este projeto. 

A conta é simples. Durante 20 dias eu preciso fazer 3 músicas (por dia), para que depois eu tenha que fazer 1 música por dia até o dia 22 de Dezembro. 

A empreitada não é fácil, mas eu continuo disposto.

Ontem tive uma conversa muito boa com 2 amigos, que me fizeram repensar algumas coisas. Como esse projeto é um estudo, (relembre o objetivo assistindo ao vídeo de apresentação) eu me coloquei disponível para fazer algumas coisas com as quais não me sinto confortável. Para por à prova alguns velhos mitos. Mas a verdade é que estou com bastante medo de ir tão longe. Até o momento não me coloquei, pelo projeto, em nenhuma situação que colocasse em risco a minha saúde e estou avaliando ainda se isso valerá a pena. As vezes vem na minha cabeça um pensamento do tipo "porra, o Hendrix sacrificou sua vida mas deixou tanta coisa boa para o mundo, isso valeu a pena", dai passa um tempo e vem outro pensamento do tipo "mas eu sou bunda mole para ir tão longe pela arte, sinto muito mundo", seguindo esses pensamentos me surgem dois tipos de frases conclusivas (varia sempre de acordo com meu estado emocional), as frases são: "bunda mole é caralho, vou até o final, sinto que eu nasci para isso, posso facilmente me sacrificar pelo mundo, para não ser mais uma formiga e fazer alguma diferença". O segundo tipo de frase é do André medroso: "quero uma vida regrada, não consigo viver nessa loucura, deixo isso para os verdadeiros gênios". Nesse momento imagino que se você é um ser humano normal esta pensando: "Não faça cagada André, estude música, não apele, você não precisa disso". Agora se você é um artista, esta pensando:  "Agora sim essa bagaça vai ficar irada, boa garoto".

E então o que vai ser? A partir da centésima música, tenho que escolher um lado. Eu preciso escolher um lado.

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A base desta música foi uma sugestão do meu inusitado amigo/irmão Whysky. Ele tem dois mini amplificadores e veio com a a idéia, "cara vamos gravar nos amplizinhos" eu curti a sugestão e decidi seguir em frente. O timbre ficou gostoso de ouvir, bem vintage, bem cru, sinto que pega na veia. Sobre que eu inseri no meio, não posso discorrer. 

Enjoy my friend;