sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Válvulas Aqui


Nas décadas de 60 e 70 os amplificadores valvulados fizeram história. Milhares de álbuns gravados neste período e junto com eles os timbres conseguidos na época viraram referência de sonoridade.
Aqui no Brasil o acesso a tais amplificadores foi sempre restrito à poucos, devido aos valores nada modestos destes equipamentos.
Sendo assim, enquanto em muitos países os amplificadores valvulados sempre estiveram nas mãos dos músicos, os brasileiros acostumaram-se a utilizar amplificadores transistorizados.

Até os dias de hoje, encontrar alguém tocando num barzinho, aqui no Brasil, com um amplificador valvulado, não é nada comum.
No entanto, de dois anos para cá algumas empresas do ramo de áudio acharam um jeito de atender o mercado de músicos brasileiros.
Já que para trazer um amplificador para o Brasil as taxações impostas pelo governo fazem estes equipamentos chegarem com preços astronômicos, a solução foi trazer algo menor, mais leve, e, que realmente custe pouco no país de origem para chegar no balcão da loja brasileira e de lá sair para a casa dos músicos.
Esta solução é o pedal valvulado.

Os pedais valvulados copiam características sonoras típicas presentes nos prés-amplificadores dos amplificadores. Deixam o som mais “quente”.

A empresa Inglesa Blackstar (http://www.blackstaramps.com) foi uma das primeiras a trazer estes pedais para nosso mercado.
Agora a VOX (http://www.voxamps.com) chega com sua linha Tone Garage (a venda no site: http://4garage.com.br), para alegrar mais ouvidos carentes.

Vale a pena conferir esses pedais. Eles já estão disponíveis para venda em diversas lojas do ramo. O custo realmente é mais salgado em comparação aos pedais tradicionais, mas, a sonoridade impressiona.
Meus amigos e amigas, as válvulas estão voltando! Não vai demorar muito para as lojas por aqui estarem recheadas destas belezuras.


Um pouquinho mais...
Se você é curioso e amante de pedais handmade, assim como eu, seguem dicas interessantes:
No Instagram a MADLABBOUTIQUES posta constantemente fotos de seus incríveis pedais.

Aqui no Brasil tem muita gente fazendo e vendendo pedais de boutique, é só dar uma pesquisada no Google e ir atrás. Na hora da compra não tem regra!, o importante é pesquisar, ver reviews e testar.

Abraços;

André


Para conferir:

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Esperar pra quê?

Esperar pra quê?

Estou ali, encarando a tela do meu iPhone, louco para que a bolinha vermelha desponte no canto do ícone do Whatsapp me informando que a mensagem que espero finalmente chegou.
Mas, como eu olho, ela não vem. 
Me consumo por frustração, prometo mentalmente que vou apenas esperar mais um pouco. Passam alguns minutos, e é assim, como estou a esperar, ela não vem.
Foda-se!
Deixo o aparelho de lado.
Levo alguns minutos até conseguir me concentrar em alguma tarefa. Às vezes dou uma olhada para o aparelho, mas neste momento a esperança e a ansiedade estão a um fio de se dissipar dos meus miolos.
Entretenho-me na continuação da  leitura de “Inferno” de Dan Brown, é livro–novelinha americana, mas me faz bem e não dá câncer nem cirrose, então me permito le-lô, sem hesitar.
Viro as páginas, atento ao enredo.
O tempo passa, nem lembro mais de celular, aplicativo, ou qualquer outra coisa.
Então...
O aparelho emiti o típico sinal sonoro de que recebi uma nova mensagem no Whatsapp. Agora não esquento, estou curtindo a leitura.
Os chamados agudos insistem, provavelmente aquela pessoa que deveria ter atendido à minha silenciosa suplica por comunicação, mas perdeu o time, está tentando estabelecer contato. Ela que espere!

Fecho o livro e penso que não deve ser coincidência.
Quando ficamos amargurados, ansiosos, esperando por algo, o desgraçado do algo não aparece.

Universo tirando um sarro? Uma lição divina para que aprendamos a lidar com a ansiedade? Puro acaso?
Tanto faz!
A sensação de receber uma boa notícia não será de forma nenhuma menor, só porque não estávamos ansiosos antes de recebê-la.
Pelo contrário, é muito mais feliz estarmos em paz e abertos as coisas que surgem, do que esperar por algo que não podemos controlar o delivery.

A. Nicolau