terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Esperar pra quê?

Esperar pra quê?

Estou ali, encarando a tela do meu iPhone, louco para que a bolinha vermelha desponte no canto do ícone do Whatsapp me informando que a mensagem que espero finalmente chegou.
Mas, como eu olho, ela não vem. 
Me consumo por frustração, prometo mentalmente que vou apenas esperar mais um pouco. Passam alguns minutos, e é assim, como estou a esperar, ela não vem.
Foda-se!
Deixo o aparelho de lado.
Levo alguns minutos até conseguir me concentrar em alguma tarefa. Às vezes dou uma olhada para o aparelho, mas neste momento a esperança e a ansiedade estão a um fio de se dissipar dos meus miolos.
Entretenho-me na continuação da  leitura de “Inferno” de Dan Brown, é livro–novelinha americana, mas me faz bem e não dá câncer nem cirrose, então me permito le-lô, sem hesitar.
Viro as páginas, atento ao enredo.
O tempo passa, nem lembro mais de celular, aplicativo, ou qualquer outra coisa.
Então...
O aparelho emiti o típico sinal sonoro de que recebi uma nova mensagem no Whatsapp. Agora não esquento, estou curtindo a leitura.
Os chamados agudos insistem, provavelmente aquela pessoa que deveria ter atendido à minha silenciosa suplica por comunicação, mas perdeu o time, está tentando estabelecer contato. Ela que espere!

Fecho o livro e penso que não deve ser coincidência.
Quando ficamos amargurados, ansiosos, esperando por algo, o desgraçado do algo não aparece.

Universo tirando um sarro? Uma lição divina para que aprendamos a lidar com a ansiedade? Puro acaso?
Tanto faz!
A sensação de receber uma boa notícia não será de forma nenhuma menor, só porque não estávamos ansiosos antes de recebê-la.
Pelo contrário, é muito mais feliz estarmos em paz e abertos as coisas que surgem, do que esperar por algo que não podemos controlar o delivery.

A. Nicolau



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