sexta-feira, 21 de setembro de 2012

121 - Aiesarob




Ando atolado em atividades e ainda firme com meu compromisso neste projeto.
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É assustador tentar mudar um paradigma.
Eu sou um ser totalmente acostumado a trabalhar muito. Um domingo ocioso me leva a uma profunda tristeza.

Como seres pensantes sabemos que o segredo das coisas esta no meio termo, em saber adequar as quantidades, para ter uma boa qualidade de vida e blá blá blá...
Mas o que é qualidade de vida? Não existe definição para isso. Logicamente que manter hábitos saudáveis é fundamental para nossa sobrevivência. Mas o que são hábitos saudáveis?
Eu me sinto muito mal ao voltar pra casa depois de um dia de baixa produtividade, em que consigo lembrar as poucas coisas que fiz, ao passo que me sinto maravilhosamente bem, quando acabo o dia arrebentado de cansado, sabendo que errei, aprendi, evoluí.
Quem de fato pode dizer que trabalhar demais faz mal? E se o trabalho que exerço é algo que amo fazer. E  se ficar ocioso é algo que me incomoda. E então o que faz mal?

Nós nos acostumamos a tudo, tudo mesmo. Até as maiores perdas tornam-se lembranças passadas.
É preciso muitas vezes parar e readequar muitas coisas na vida, mas também é preciso tomar cuidado com o que mexemos em nós mesmos. Pois alguns fatores bons ou ruins (aos olhos do outro) podem estar relacionados com o nosso verdadeiro EU. E se você mexer na sua verdade interior, seja para agradar alguém, seja para tentar mudar alguma coisa, você pode ficar descompensado, e não existe coisa pior na vida do que não poder ser único.

Então cuidado na hora de sair se modificando por aí, ou, mais cuidado ainda se você não se sente diferente. Parecer com os outros ao seu redor é um sintoma de doença a doença da falta de identidade, a doença que dói na alma, e nem sua mãe nem o seu doutor poderão lhe curar.

Talvez por isso alguns paradigmas sejam tão difíceis de serem quebrados, eles podem ser o mais forte escudo de proteção contra nós mesmos.

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